sábado, 11 de fevereiro de 2012

zona norte

Meruoca quer fortalecer ações para o turismo

11.02.2012


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Na estação das chuvas, belas cachoeiras despontam na Serra da Meruoca
FOTO: NATERCIA ROCHA
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Igreja Matriz da Meruoca. Os valores culturais devem ser preservados como forma de atrações para os visitantes
O meio ambiente está na ordem do dias para os empreendedores do turismo na Zona Norte, que elaboraram plano
Meruoca. Que as belezas exuberantes da Serra da Meruoca são atrativos para o Turismo ninguém tem dúvida. Mas como fazer valer essa natureza tão nativa e bonita para um turismo sustentável? É essa a resposta que o Plano de Desenvolvimento do Turismo da Meruoca para 2012-2014 está apontando. O Plano, feito a quatro mãos, foi apresentado, nesta semana, no Ytacaranha Hotel, com a presença de seus idealizadores, autores e empresariado.

As metas do Plano são ousadas, mas um ponto é destacado por todos. Meruoca não pode ser turístico se não houver a preocupação com a sustentabilidade da serra. Este item é destacado no Plano que tem o Serviço Brasileiro de Apoio as Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) como indutor maior. O Plano ganha o apoio da Prefeitura, dos empresários e dos moradores de Meruoca.

Batizado de Plano Estratégico do Turismo para Meruoca para 2012-2014, a ideia do prefeito Francisco Antônio Fonteles reconhece que muito precisa ser feito para tornar o Município um atrativo turístico sustentável. "Não obstante as ações já empreendidas desde a década anterior e na atual, havemos de concordar que muito ainda precisa ser feito, e que há necessidade de um estímulo ainda maior em termos de recursos externos, a fim de que o Poder Público Municipal e o empreendedorismo local possam sincronizar a ideia de que o Turismo se oferece como estratégia viável para consolidar a Meruoca como um excelente polo", diz o prefeito.

Para o prefeito, o ponto de partida é a estruturação da cidade. Logo em seguida vem a promoção das potencialidades de modo a despertar a atração externa de turistas. "Temos a convicção, e o Plano de Turismo mostra isso, que dentro da cadeia de pontos turísticos tem que haver o esforço coletivo de seus segmentos", aponta.

Segundo Francisco Fonteles, Meruoca está atenta na preparação de suas potencialidades, onde se destacam o sítio histórico composto de sobrados, casarões, igrejas e belezas naturais. "Com o Plano conhecemos as estratégias que podem consolidar nossa região como polo turístico. O Plano nos anima a mudar o quadro social e econômico de nossa região, a partir de um maior engajamento e adoção de políticas públicas voltadas para o Turismo", salienta o prefeito.

O analista do Sebrae-CE, Hugo Macário de Brito Pinheiro, que participou da elaboração do Plano, lembra que o documento não é o final do processo e sim, o início de uma jornada onde o maior desafio não está em planejar, mas sim no esforço de realizar as ações, buscando concretizar os objetivos descritos no Plano de Desenvolvimento.

Propostas
Os principais objetivos apontados são melhorar os acessos aos distritos, revitalização das praças dos distritos, construção de novas praças nas localidades, construção de equipamentos turísticos; promoção de eventos turísticos; promoção de projetos esportivos; efetivação de projetos culturais; e qualificação profissional. Com base nesses objetivos o Plano indica que deverá haver um marketing de relacionamento; mais competitividade; mais consumidores e menor êxodo rural na Meruoca.

O Plano aponta que a visão de futuro representa o estado desejado pelos atores do setor para reverter a situação atual em estágios mais favoráveis, onde a melhoria das condições de trabalho e mais qualidade e competitividade dos negócios, causarão impactos positivos no Turismo.

Mais informações
Prefeitura Municipal de Meruoca
Avenida Pedro Sampaio, 385 Bairro Divino Salvador
Zona Norte
Telefone: (88) 3649.1136
Expectativa é para execução do plano no curto prazo

Meruoca
O empresário Paulo Emílio, que tem um investimento na Meruoca, o complexo turístico Monte Olimpo, acredita que o Plano, caso seja implantado, vai realmente alavancar o desenvolvimento da cidade. Para ele, o Plano é "ótimo" e foi feito por profissionais competentes.

"O que precisamos é executar este Plano com melhores acessos aos distritos e melhorias urbanas, como praças e equipamentos esportivos", cobra.

A secretária de Turismo, Cultura, Esporte e Juventude de Meruoca, Ana Carina Santos, garante que o que depender do Poder Público o Plano dará certo. "O Plano propõe um trabalho consistente nas áreas de infraestrutura, capacitação, promoção e diversificação dos produtos turísticos, assegurando assim a oferta de equipamentos culturais e programação contínua, além da melhoria aos acessos, estruturação e sinalização", destaca.

Indutores
Para ela, o Plano, se concretizando, vai fazer com que os principais atrativos de Meruoca sejam indutores de um turismo de natureza agregado ao turismo cultural, de forma a respeitar e dar ênfase aos valores e fazeres culturais da população.

Este modelo de desenvolvimento turístico é uma tendência mundial. O respeito às especificidades ambientais e culturais do lugar deve existir e ser preservado. Ações pautadas desta forma mostram que o turismo torna-se ainda mais indutor, já que os visitantes querem conhecer novidades, e não ver atrativos que existem em qualquer lugar

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Lançada campanha em prol de mangues do CE

09.02.2012
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O ato visa conscientizar sobre a importância dos manguezais
ALEX COSTA
Ação alerta para os riscos que o novo Código Florestal pode trazer para o futuro desses ecossistemas
Com a proximidade da votação do novo Código Florestal na Câmara dos Deputados, prevista para ocorrer no dia 6 de março, uma série de mobilizações estão ocorrendo em todo País em prol dos mangues. No Ceará, foi lançada ontem, no Cuca Che Guevara, na Barra do Ceará, a campanha "Mangue Faz a Diferença", que tem coordenação nacional da Fundação SOS Mata Atlântica e local da Associação de Pesquisa e Preservação de Ecossistemas Aquáticos (Aquasis). Depois das discussões no Congresso Nacional, a nova legislação ambiental segue para sanção da presidente Dilma Rousseff.

O ato, que visa mobilizar moradores e turistas sobre a importância dos manguezais, alerta para os riscos que as mudanças no Código Florestal trazem para o futuro desses ecossistemas. Após apresentações culturais dos índios Tapebas, do grupo "Tambores do Manguezal" e da fala de artistas e ambientalistas, duas embarcações seguiram para a outra margem do Rio Ceará, onde foi realizado um mutirão de limpeza do ecossistema e plantio de 40 mudas de mangue.

Quem será diretamente afetado com as mudanças é a tribo Tapeba, na Caucaia. Formada por cerca de 7 mil índios, eles sobrevivem da agricultura, caça e pesca. Raimunda Cruz, 67, representante da tribo, se queixa que o mangue, que é uma das riquezas do Ceará, não é valorizado. Ela denuncia que o Rio Ceará está poluído e que as pessoas tiram areia e degradam o manguezal. Por conta disso, o marisco está acabando.

"Muita gente sobrevive da pesca, mas o rio está tão poluído que não cresce mais. Esse povo que tem saber deveria arranjar outra forma de fazer tijolo que não precise de madeira do mangue para queimar", frisa a representante dos Tapebas.

Cláudio Silva, advogado da Rede Nacional dos Advogados Populares, afirma que o novo Código Florestal possui duas graves implicações ao meio ambiente: consolida as Áreas de Preservação Permanentes (APP´s) e as reservas legais por ocupações realizadas até o dia 22 de julho de 2008, além de aceitar a expansão de atividades como a carcinicultura. "Permite as áreas ocupadas permaneçam e não sejam punidas criminalmente e também a expansão dessas mesmas atividades sobre áreas que hoje são protegidas", explica.

O Código Florestal, criado em 1965, define como Área de Preservação Permanente (APP) faixas ao longo de rios que variam de acordo com a largura dos cursos d´água. Para rios com até 10 metros de largura, ele é de 30 metros a partir de seu nível mais alto, isto é, de suas margens nas épocas de cheias, chegando a 500 metros de cada lado para os rios com largura superior a 600 metros. Com o novo Código Florestal reduziria para 15 metros a área de proteção nos rios com menos de cinco metros de largura, o que, segundo o ambientalista João Saraiva, corresponde a 80% dos rios do Brasil.

Impactos

A principal consequência que isso pode gerar nas regiões urbanas são as inundações, o que já ocorre em muitas capitais brasileiras, a exemplo de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.

Outro grave prejuízo é o sequestro de carbono. Saraiva explica que o mangue é considerado floresta e, por esse motivo, possui grande potencial de sequestro de CO². "Se você desmata o mangue, gera problemas de conforto térmico", ressalta. No caso de Fortaleza, o ambientalista lembra que a ventilação da cidade não entra pelas praias e, sim, pelo Rio Cocó. O ambientalista chama atenção ainda que 80% das espécies marinhas vem dos manguezais.

Uma nova mobilização será realizada neste sábado, às 16h, com a "Travessia de Natação em Águas Abertas e de Stand Up Paddle", na Avenida Beira-Mar. A largada será em frente às quadras de vôlei de praia. Os "Tambores do Manguezal", convidados e adolescentes do Projeto da Brigada da Natureza farão uma caminhada pelo calçadão.

Mudança
15 metros seria a área de proteção dos rios com menos de cinco metros de largura, de acordo com o novo Código Florestal. Hoje, esta área é de 30 metros

OPINIÃO DO ESPECIALISTA
Resoluções potencializam degradações
O novo Código Florestal possui uma série de resoluções que potencializam a degradação do sistema manguezal, prevê a ocupação em 35% do manguezal no Nordeste brasileiro. Isso pode ampliar na Amazônia, ocupando 10%, o que significa que mais de 450 mil hectares de manguezais podem ser degradados, destruídos, fragmentados para dar lugar, por exemplo, a uma atividade de carcinicultura, que é extremamente nociva a esse ecossistema. Por conta da ocupação dessas áreas de manguezal, vai se realizar uma série de danos relacionada à diminuição e extinção de funções e serviços ambientais nesse ecossistema.

O manguezal é a base da produtividade dos nosso mares, controla as enchentes e as inundações, amortece as consequências previstas pelo aquecimento global, no sentido de proteger a costa contra a erosão costeira e também captura de dióxido de carbono. Todas essas funções ambientais são extremamente necessárias, eficazes no sentido de dar resposta à sociedade e estão em risco com esse novo Código Florestal.

Jeovah Meireles
Prof. do Departamento de Geografia da UFC


LUANA LIMAREPÓRTER

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

LEIA A BÍBLIA

Gênesis 1

Versículos do 1º capítulo do livro de Gênesis da Bíblia.

O começo

1 No princípio criou Deus os céus e a terra.
2 A terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo, mas o Espírito de Deus pairava sobre a face das águas.
3 Disse Deus: haja luz. E houve luz.
4 Viu Deus que a luz era boa; e fez separação entre a luz e as trevas.
5 E Deus chamou à luz dia, e às trevas noite. E foi a tarde e a manhã, o dia primeiro.
6 E disse Deus: haja um firmamento no meio das águas, e haja separação entre águas e águas.
7 Fez, pois, Deus o firmamento, e separou as águas que estavam debaixo do firmamento das que estavam por cima do firmamento. E assim foi.
8 Chamou Deus ao firmamento céu. E foi a tarde e a manhã, o dia segundo.
9 E disse Deus: Ajuntem-se num só lugar as águas que estão debaixo do céu, e apareça o elemento seco. E assim foi.
10 Chamou Deus ao elemento seco terra, e ao ajuntamento das águas mares. E viu Deus que isso era bom.
11 E disse Deus: Produza a terra relva, ervas que dêem semente, e árvores frutíferas que, segundo as suas espécies, dêem fruto que tenha em si a sua semente, sobre a terra. E assim foi.
12 A terra, pois, produziu relva, ervas que davam semente segundo as suas espécies, e árvores que davam fruto que tinha em si a sua semente, segundo as suas espécies. E viu Deus que isso era bom.
13 E foi a tarde e a manhã, o dia terceiro.
14 E disse Deus: haja luminares no firmamento do céu, para fazerem separação entre o dia e a noite; sejam eles para sinais e para estações, e para dias e anos;
15 e sirvam de luminares no firmamento do céu, para alumiar a terra. E assim foi.
16 Deus, pois, fez os dois grandes luminares: o luminar maior para governar o dia, e o luminar menor para governar a noite; fez também as estrelas.
17 E Deus os pôs no firmamento do céu para alumiar a terra,
18 para governar o dia e a noite, e para fazer separação entre a luz e as trevas. E viu Deus que isso era bom.
19 E foi a tarde e a manhã, o dia quarto.
20 E disse Deus: Produzam as águas cardumes de seres viventes; e voem as aves acima da terra no firmamento do céu.
21 Criou, pois, Deus os monstros marinhos, e todos os seres viventes que se arrastavam, os quais as águas produziram abundantemente segundo as suas espécies; e toda ave que voa, segundo a sua espécie. E viu Deus que isso era bom.
22 Então Deus os abençoou, dizendo: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei as águas dos mares; e multipliquem-se as aves sobre a terra.
23 E foi a tarde e a manhã, o dia quinto.
24 E disse Deus: Produza a terra seres viventes segundo as suas espécies: animais domésticos, répteis, e animais selvagens segundo as suas espécies. E assim foi.
25 Deus, pois, fez os animais selvagens segundo as suas espécies, e os animais domésticos segundo as suas espécies, e todos os répteis da terra segundo as suas espécies. E viu Deus que isso era bom.
26 E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; domine ele sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os animais domésticos, e sobre toda a terra, e sobre todo réptil que se arrasta sobre a terra.
27 Criou, pois, Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.
28 Então Deus os abençoou e lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos; enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu e sobre todos os animais que se arrastam sobre a terra.
29 Disse-lhes mais: Eis que vos tenho dado todas as ervas que produzem semente, as quais se acham sobre a face de toda a terra, bem como todas as árvores em que há fruto que dê semente; ser-vos-ão para mantimento.
30 E a todos os animais da terra, a todas as aves do céu e a todo ser vivente que se arrasta sobre a terra, tenho dado todas as ervas verdes como mantimento. E assim foi.
31 E viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom. E foi a tarde e a manhã, o dia sexto.
Os cearenses tiveram 0,77 morte por cada 100 mil pessoas, devido ao álcool, de 2006 a 2010, segundo pesquisa sobre drogas legais e ilegais
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MAURO MELO
Pela pesquisa, cearenses ficaram atrás apenas dos mineiros na média de mortes por consumo de álcool
O Ceará, depois de Minas Gerais, é o Estado no País com maior número de pessoas mortas por alcoolismo. É o que revela estudo sobre óbitos por drogas legais ou ilegais, divulgado pelo Sistema de Informação sobre Mortalidade (Sim), do Ministério da Saúde. Adiantou que o consumo de bebidas alcoólicas é o campeão na mortandade. O uso de drogas em geral matou 40.692 pessoas no Brasil entre os anos 2006 e 2010, uma média de oito mil óbitos por ano.

O levantamento informa que a bebida tirou a vida de 34.573 habitantes, 84,9% dos casos informados por médicos em formulários que avisam o Governo federal sobre a causa da morte nesse grupo da população. Em segundo lugar, aparece o fumo, com 4.625 falecimentos, 11,3%. A cocaína liquidou pelo menos 354 pessoas no período.

Organizada pelo Observatório do Crack, da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), a pesquisa apontou que, na comparação por gênero, há mais registros de morte de homens por álcool e fumo. Em cinco anos, 31.118 homens perderam a vida por causa da bebida. Outros 3.250 perderam a vida em casos associados diretamente ao cigarro. Na comparação da devastação por Estado, os mineiros lideram as mortes por álcool, com 0,82 morte para cada 100 mil habitantes, seguidos pelos cearenses, com 0,77 morte/100 mil pessoas. Depois aparecem os sergipanos, com 0,73/100 mil. São Paulo registra 0,53 morte para cada 100 mil habitantes.

O levantamento da CNM descobriu que, em São Paulo, houve 1.120 vítimas do uso abusivo do álcool em 2006. Em 2010, porém, o sistema registrou uma queda de 14% nas informações. O Sim alcançou 979 pessoas mortas por consumo de bebida. O Estado que menos apresentou perda de vidas por álcool foi o Amapá: quatro em 2006, dez em 2009 e cinco em 2010.

Quando a causa do óbito foi o fumo, o campeão de falecimentos de usuários foi o Rio Grande do Sul. A taxa de óbitos pelo tabaco chegou a 0,36 para cada 100 mil. A seguir, apareceram o Piauí e o Rio Grande do Norte, ambos com 0,33/100 mil. A duas principais drogas legalizadas no País, álcool e fumo, juntas, de acordo com o estudo, mataram 39.198 pessoas em cinco anos: ou 96,2% do total. Os técnicos da CNM alertaram, no entanto, que os dados de 2010 ainda são preliminares.

A declaração de óbito (DO) é composta por nove blocos e 62 variáveis que apontaram causa e local da morte. O preenchimento foi de responsabilidade do médico, conforme estabelecido pelos conselhos Federal e Estadual de Medicina.

Para o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, há uma urgente necessidade de combater o problema das drogas nos municípios. “E não se está fazendo isso. O problema estoura é nos municípios”, advertiu.Ziulkoski disse que a média de cerca de oito mil óbitos, encontrada no Sim, é um número subestimado. “Não há uma cultura de informação dos médicos”, acrescentou. Para ele, “o País precisa ver que a política de prevenção do uso de drogas é precária”. O estudo abrangeu dois mil municípios. (das agências de notícias)

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Meio ambiente

Crateús inicia coleta seletiva de lixo

04.02.2012
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FOTOS: SILVANIA CLAUDINO
No bairro Cidade Nova, a coleta está sendo feita às sextas-feiras. A participação da comunidade é fundamental, segundo os organizadores
Crateús Aconteceu ontem a primeira coleta seletiva neste Município. O Programa, lançado na Escola Municipal Antônio Anízio da Frota, no CAIC, começa no bairro Cidade Nova e nas principais ruas do Centro. A proposta é que logo se expanda para os demais bairros da cidade. A iniciativa é da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semam), em parceria com o Projeto Mata Branca e Amigos do Planeta na Escola (APE). Idealizado pela Casas Bahia, O APE, em parceria com o Instituto Brasil Solidário (IBS), realiza atividades de cunho sustentável em escolas públicas brasileiras e vem mobilizando ações no interior do Ceará. E para garantir a conscien-tização da comunidade em relação à separação de lixo, o Município iniciou a divulgação há alguns dias, por meio de campanhas de rádio, cartazes, panfletos e folders explicativos.

"Além da diminuição da poluição ambiental, a coleta seletiva traz inúmeros benefícios econômicos para o Município e gera renda para muitas pessoas. Para termos sucesso, pedimos a participação e empenho da população deste bairro, nossa experiência piloto", apela Wanderley Marques, secretário municipal de Meio Ambiente.

De acordo com a Secretaria, a coleta seletiva será realizada semanalmente no bairro Cidade Nova, às sextas-feiras, e no Centro três vezes por semana, na segunda, quarta e sexta-feira. A comunidade está sendo orientada a separar o lixo seco (plásticos, papel, metal e vidro) do lixo úmido (restos de comida, cascas de frutas, papel higiênico, fraldas descartáveis). O primeiro, recicláveis, deverá ir para a coleta seletiva e o segundo para a convencional, que já é feita normalmente em cada área da cidade. Toda a coleta de recicláveis será levada para o Centro de Triagem, onde os catadores farão o trabalho, em conjunto com a Secretaria. Para a representante do Conselho de Políticas Ambientais do Ceará (Conpam), Tereza Farias, a iniciativa necessita da participação efetiva da comunidade escolar. "Sem a participação de educadores e alunos os projetos ambientais não tem continuidade", ressalta.

O diretor da Escola piloto, Ricardo Veras, mostra disposição para a conscientização dos alunos. "Já trabalhamos há algum tempo conteúdos ambientais em sala de aula e acreditamos que a coleta terá bom resultado no bairro. A escola é fundamental nessa mudança de hábitos", aponta. Luiz Antônio, da Associação dos Catadores salienta a importância econômica e social da ação. "Temos muitos companheiros que trabalham no lixão, comprometendo a sua saúde e com essa ação poderão sair de lá, pois teremos como obter renda. A população precisa fazer a sua parte", explica.

Escolas
O APE já tem uma ligação forte com o Município. Há dez anos atua junto às escolas municipais, com ações ambientais e culturais. Mais de15 mil pessoas, entre alunos, educadores e comunidade, já foram beneficiadas pela entidade em Crateús. "O trabalho foi tão bem aceito que os órgãos públicos da cidade resolveram dar início à coleta seletiva municipal, beneficiando não somente uma comunidade como toda a região", explicou Luis Salvatore, coordenador dos projetos do APE e presidente do IBS. Crateús passou a fazer parte do APE ainda no primeiro biênio do programa, entre 2009 e 2011