quarta-feira, 4 de abril de 2012


O Analfabetismo no CEARÁ


Apesar da estatística revelada pelo Ipece, o Estado é apontado como o melhor da Região Nordeste e o 12º do País

Dados divulgados, ontem, pelo Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece) revelam que, apesar da educação ter progredido no Estado, em um período de dez anos, ainda há desafios a serem vencidos. Resultados apontam que 55,8% dos cearenses de dez anos ou mais, aproximadamente, quatro milhões de pessoas, nunca frequentaram a escola ou não concluíram o Ensino Fundamental.

O número coloca o Ceará como o melhor do Nordeste neste nível de instrução, apesar de ocupar a 12ª posição ao ser comparado com os Estados das outras regiões. Neste contexto, o Ceará tem resultado melhor que o Nordeste (59%), mas fica atrás da média nacional, 50,2%. Outra questão que merece destaque é a porcentagem dos que jamais frequentaram escola, 11,51%, ou seja, 973.137 cearenses.

Apesar das estatísticas alarmantes, o Informe nº 28 do Ipece, "Evolução da Frequência Escolar e Nível de Instrução no Ceará", baseado nos índices apresentados nos Censos 2000 e 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), traz informações positivas. Uma delas diz respeito à frequência escolar por grupo etário. Por meio dos dados, verifica-se uma grande concentração de estudantes entre quatro e 17 anos. Segundo o estudo, no Ceará, em 2010, 94,01% das crianças entre quatro e seis anos estavam na escola. A estatística sobe para 96,85% entre sete e 14 anos. Já a frequência de jovens entre 15 e 17 anos era de 81,60%. A pesquisa revela que 56,66% dos estudantes entre zero e seis anos frequentavam o colégio em 2010, colocando o Ceará na terceira melhor posição do País.

Conquistas

Para Flávio Ataliba, diretor geral do Ipece, os números representam uma grande conquista para o Estado, demonstrando que as ações direcionadas para a educação estão no caminho certo. "São elementos que comprovam onde estamos avançando e onde precisamos atuar com maior dedicação, planejando políticas educacionais e identificando deficiências", analisa. Sobre a parcela da população cearense que nunca frequentou escola, Ataliba explica que, apesar do percentual elevado, houve avanços, já que, em 2000, este número era 19,33%, isto é, 1/5 dos cearenses nunca tinham ido à escola.

Conforme Maurício Holanda, secretário adjunto da Secretaria da Educação do Estado, o grande desafio para o Ceará é "melhorar o nível de aprendizado, garantindo que os jovens tenham capacidade para entrar no mercado de trabalho".
JÉSSICA PETRUCCI
REPÓRTER

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